A diversidade e inclusão nas organizações são fatores muito positivos para as empresas de todos os segmentos e tamanhos. Isso porque, colaboradores que são Pessoas com Deficiência (PCD), são capazes de trazer contribuições para a empresa, não só no âmbito técnico, mas também no que norteia a formação humana, contribuindo para várias esferas do segmento corporativo, inclusive no clima organizacional.
Atualmente, quando a questão é selecionar diferentes perfis de funcionários, é preciso garantir representatividade para a empresa, com candidatos compatíveis com a força de trabalho e a diversidade da população. Assim, contar com um time com cultura, pensamentos, etnias e opiniões diferentes, assim como características físicas, torna possível que a organização seja mais democrática.
Neste texto separamos para você algumas dicas sobre como investir em mais diversidade e inclusão nas organizações. Acompanhe!
Como fazer a inclusão na empresa?
Mais importante do que somente contratar profissionais PCDs como forma de cumprimento da Lei de Cotas, é preciso conseguir efetivamente a inclusão desses profissionais na organização, enquadrando-os em funções que sejam aderentes aos seus perfis profissionais. Para tanto, é importante dispor de recursos adequados, para que esses colaboradores especiais possam ser tão produtivos quanto os outros membros da equipe.
Nesse sentido, a adequação dos ambientes às necessidades de acessibilidade é indispensável, sendo uma etapa importante para assegurar o trabalho de forma ampla. Isso porque, os PCDs precisam de independência para exercerem suas atividades.
O processo de inclusão de PCDs na organização requer uma atenção especial para que a adaptação seja efetiva.
O papel da empresa
Para a organização aderir a diversidade e inclusão, é importante fazer a integração dos PCDs ao ambiente corporativo. Isso porque, assim como qualquer outro funcionário, ele precisa se dispor do sentimento de pertencimento a empresa para a qual trabalha, tendo a consciência do valor da sua função.
Um importante tabu que precisa ser quebrado, nesse sentido, é a do preconceito, que é reflexo da falta de informação. Aplicar ações que incentivem a quebra dessa barreira em todos os membros da organização é um dever da área de Recursos Humanos, que precisa ser referência para as questões humanas na empresa.
Para tanto, é importante contar também com o apoio da alta gestão da companhia e, claro, dos demais colaboradores.
É possível seguir um modelo de recrutamento inclusivo?
É possível garantir a diversidade e inclusão nas organizações por meio de um recrutamento inclusivo e, para isso, alguns passos podem ser seguidos para a concretização dessa tarefa.
Não generalize
É importante considerar que cada necessidade especial engloba seres humanos com características e necessidades distintas. Por isso, generalizar todos os candidatos é um grande equívoco.
Para dar início a um processo seletivo de inclusão, procure buscar dados concretos sobre quais são as adaptações necessárias para cada candidato. Você pode fazer um benchmarking, que é o estudo de ações aplicadas em outras empresas, ou conversar com pessoas com deficiência para fazer um processo seletivo pautado pela empatia e respeito.
Para garantir a inclusão, converse com profissionais da área de saúde, solicitando referências sobre possíveis adaptações e ajustes no seu processo seletivo. Com essas informações você pode organizar e planejar as etapas valorizando a inclusão.
Converse francamente com o candidato
É importante saber, no momento da entrevista, quais são as adaptações necessárias para a efetivação do candidato. Pergunte sobre as necessidades relacionadas ao espaço físico de trabalho, se será necessária a participação de um acompanhante ou outra adequação.
A partir desse levantamento, veja se a empresa pode atender a essas necessidades e transforme o ambiente de trabalho em um lugar acolhedor e cordial para receber o profissional PCD.
Trate as diferenças com naturalidade
Durante o processo seletivo, inevitavelmente, você vai precisar fazer algumas perguntas em relação à deficiência do candidato. É importante deixar claro o que a organização espera dele e as atividades atribuídas à função. Faça o levantamento de experiências profissionais anteriores do candidato e faça perguntas com naturalidade.
Uma questão que também pode ser levantada é a forma com a qual o candidato convive com a deficiência no seu cotidiano e como é a sua autonomia. Dê destaque para as questões que realmente possam interferir nas rotinas da vaga em aberto.
Melhoria da acessibilidade e adaptação
Para investir na diversidade e inclusão nas organizações, a empresa, necessariamente, precisa investir em acessibilidade. Apesar de exigir um investimento de recursos financeiros e energia num primeiro momento, a organização ficará mais preparada para receber pessoas com necessidades especiais.
Dessa forma, todas as ações que forem planejadas serão mais acessíveis a todos, valorizando a imagem da empresa como uma organização inclusiva.
Além disso, a legislação brasileira exige que as empresas sejam capazes de receber todas as pessoas com deficiência. Ignorar esse regulamento acarreta na geração de multas, processos, além de desfavorecer a imagem da empresa diante dos seus clientes, funcionários, fornecedores e da comunidade.
Investimentos
Dificilmente uma empresa conseguirá incluir a diversidade sem fazer investimentos, principalmente voltados para acessibilidade. Para que seja possível solucionar essas questões, é preciso preparar os profissionais de Recursos Humanos, realizar pesquisas internas e criar um plano de ação. Todos esses processos requerem investimentos.
Existe um grande contraste: muitas organizações afirmam ter compromisso com a diversidade e a inclusão, mas reservam pouco do seu orçamento para esse fim. Como consequência, as tentativas de inclusão são frustradas (tanto para as empresas, quanto para os profissionais).
Para evitar que isso aconteça, é importante estudar, pesquisar muito bem os caminhos para a inclusão de PCDs, e ter em mente que o sucesso desse processo requer acompanhamento constante e, até mesmo, manutenção.
É importante destacar que, muito além de contratar pessoas com necessidades especiais, é preciso estar preparado para desenvolver e reter esses profissionais. Para tanto, a conscientização de toda a equipe, com treinamentos e abordagens constantes sobre o tema, também é fundamental para a trajetória inclusiva na empresa.
Finalmente, é preciso estar consciente de que uma política de diversidade e inclusão nas organizações funciona apenas se todos estiverem envolvidos nessa importante missão. Isso porque, os melhores resultados surgem quando toda a organização está inserida no contexto da diversidade, e cada membro da equipe tem a consciência da sua contribuição.
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